O Alcance da Vida
Consciente da minha condição humana,
estou sempre olhando meu entorno.
Alcanço todos os dias os meus iguais.
Percebo o diferencial humano na maneira de sentir,
de ver, de buscar, de falar, de ser.
Alcanço no meu ser a ansiedade para me conhecer.
Luto, busco o todo, indago, alcanço partes do meu ser.
No sofrimento, descubro que sou capaz de tolerar a dor.
Na alegria, sinto a facilitação, o implemento da vida.
Quando consigo olhar a diversidade da vida, me diferencio.
Na observação mais atenta de um ser como a formiga,
basta que ela sinta alguma alteração na composição do seu corpo
para se movimentar mais rápido .
Olho os pássaros, os animais domésticos.
Pergunto se meu ser representa a vida, a microvida.
Na complexidade, as dificuldades de fazer entendimento do múltiplo
que na minha consciência consigo ler unidade,
é difícil buscar o acento do entendimento.
Os momentos vão passando, segundos, minutos, horas,
dias e meses.
A puberdade, a juventude, a maturidade, a velhice,
nada retira do meu ser a consciência da vida.
O medo da morte, do desconhecido, é intenso, profundo.
Por mais que tente resolver, dizer que todos têm o mesmo destino,
não há consolo.
Na luta deste viver, descubro o meu próprio ser.
Quando alcanço a minha essencialidade,
vejo a minha espiritualidade,
um pouco daquilo que registrei no processo evolutivo
do meu próprio ser.
Acalenta-me, o medo desaparece.
Há uma predominância no meu ser consciente da vida.
Na afirmação da imortalidade e da eternidade,
sou a renovação, nada me assusta.
Os expedientes da cotidianidade
ensinam-me a fazer crescimento da minha identidade.
Na fluição do tempo, no espaço crítico e diversificado,
faço a afirmação do meu ser, da minha imortalidade.
Sinto que me espiritualizo,
porque consigo viver a natureza da essencialidade do que sou,
o ser em evolução.
Texto extraído do livro
Na busca do meu ser, a indeterminação e a incerteza em 13 de maio de 2016