O ser na sua busca de fazer a visão do seu próprio ser
No pensamento, a impressão crítica de ser o que
não sou.
No cotidiano, uma luta de contraditórios:
o ser, os acontecimentos, o não ser.
A ilusão dos protocolos da certeza e da
determinação,
mistificando, transtornando,
dificultando o entendimento das transformações.
Os arrazoados, as discussões, os companheiros de
jornada, a missão.
Fazer, compor, construir.
Sentir, na força do fazer, o próprio ser.
Perceber na desconstrução a necessidade da renovação.
As indagações, as dúvidas, as dificuldades.
O não saber na dimensão do ser,
sem nunca perder, na sua essencialidade,
a certeza de que, mesmo não conhecendo e não sabendo,
não perde o acento de ser.
Encarnado, a inteligência, o corpo material-perispirítico,
as incógnitas, a leveza de alguns conceitos
e a dureza, a força, de outros.
O ser, no seu caminho, no conjunto do conhecer,
do fazer, fazendo a expressão lúcida do seu próprio ser.
As dificuldades, os empecilhos,
transformando-se em instrumentos de elucidação do
próprio ser.
A descoberta maior na caminhada é alcançar
a concepção, a percepção e a consciência do mundo,
de todo o entorno, consequentemente,
da essencialidade do ser na força da imanência do
Creador.
Que extraordinário o processo de nunca perder,
deixar de ser, o próprio ser.
Texto extraído do livro
Na busca do meu ser, a indeterminação e a incerteza em 23 de setembro de 2016